segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Uma Viagem Enogastronômica pelo Douro

UMA VIAGEM ENOGASTRONÔMICA PELA REGIÃO DO DOURO

No final do ano passado resolvemos, eu e dois amigos, empreender uma viagem pela região do Douro, com o objetivo principal de conhecer melhor as vinícolas e os melhores vinhos produzidos por lá, além de explorar a excelente culinária portuguesa.

Nossa aventura enogastronômica começou, de fato, longe do Douro. Como nosso vôo chegou a Lisboa, dormimos a primeira noite em Cascais e aproveitamos para conhecer o excelente hotel Fortaleza do Guincho e seu restaurante estrelado pelo Guia Michelin (1 estrela). O hotel é um 5 estrelas, participante dos hotéis Relais & Chateaux, construído à beira de uma bela praia a partir de um forte militar do século XVII.

Cascais é uma simpática e bela cidade litorânea, próxima a Lisboa, que certamente merece ser visitada em uma viagem a Portugal. As opções são: passar apenas o dia por aqui e ficar em Lisboa ou passar alguns dias curtindo o ambiente de praia e as opções gastronômicas da cidade.

O jantar no restaurante do Fortaleza do Guincho foi excelente, justificando a estrela do Michelin. No cardápio, Foie Gras com chutney de figos com gengibre e geléia de Moscatel de Setúbal de entrada e um lombo de cabrito montês assado com marmelos e pêras escalfadas com vinho madeira, knepfle de queijo fresco e molho de vinho tinto como prato principal. Uma primeira noite memorável.

No Fortaleza do Guincho encontramos uma das melhores cartas de vinho da viagem. Iniciamos a noite com um belo Champagne e, a seguir, tomamos duas jóias do Douro que estavam listadas em nossos objetivos e que estão entre os melhores que tomamos nesta viagem. Os vinhos da noite foram:

  • Champagne Laurent-Perrier Millésime Brut 1999 (91 pontos da Wine Spectator)
  • Niepport Batuta 2004 – com 96 pontos na minha avaliação (95 pontos do Parker e 91 pontos da Wine Spectator)
  • Quinta do Vallado Reserva 2007 – com 95 pontos na minha avaliação (92 pontos do Parker e 96 pontos da Wine Spectator)

Na sequência, a caminho do Douro, paramos para almoçar no pequeno vilarejo de Óbidos, em um restaurante simples, mas recomendado: a Ilustre Casa de Ramiro. Aqui experimentamos um prato tradicional de Portugal, o Arroz de Pato. Embora com uma carta mais modesta que o Fortaleza do Guincho, encontramos duas preciosidades, um deles classificado entre os melhores da viagem:

  • Quinta do Vale Meão 2004 – 95 pontos na minha avaliação (93 pontos do Parker e 97 pontos da Wine Spectator)
  • Quinta do Côtto Grande Escolha 1994 – 93.5 pontos na minha avaliação (87 pontos da Wine Spectator).

Óbidos é uma vila do século XIV cercada por muralhas. A cidade foi restaurada e uma caminhada por suas vielas, curtindo o comércio turístico que se instalou aqui, é muito agradável. Vale também subir no alto das muralhas para ter uma bela vista da cidade - uma foto digna de cartão postal. Ou seja, Óbidos certamente vale uma visita se você estiver em Portugal!

Ao final da tarde chegamos finalmente à Cidade do Porto. Nossa hospedagem aqui talvez tenha sido a de melhor relação custo/benefício da viagem. O hotel Eurostars da Rua Mestre Guilherme Camarinha não tem grandes sofisticações, mas oferece muito conforto com preço acessível.

Tínhamos alguns restaurantes recomendados para experimentarmos no Porto, mas optamos por seguir a sugestão do recepcionista do nosso hotel e fomos ao Restaurante Dom Tonho, às margens do Rio Douro, de frente para Vila Nova de Gaia. Após cerca de uma hora de espera finalmente conseguimos nossa mesa e tivemos um belo jantar, com vários petiscos portugueses e um bom bacalhau. Como não encontramos nenhum vinho de nossa lista de objetivos, na safra desejada, com exceção de um Barca Velha, optamos por seguir a sugestão do sommelier e degustamos os seguintes vinhos:

  • Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo Reserva 2008 – 91.5 pontos na minha avaliação (89 pontos da Wine Spectator)
  • Chocapalha Reserva 2007 (Vinho Regional Lisboa) – 92 pontos na minha avaliação - (89 pontos do Parker)
  • Porto Calem Tawny 10 anos

A hora que gastamos à espera da mesa no Dom Tonho foi muito agradável, pois a vista noturna à beira do Rio Douro é espetacular. De fato, a Cidade do Porto é uma belíssima cidade. A vista às margens do Rio Douro (incluindo a vista a partir de Vila Nova de Gaia) e a vista da parte alta da cidade são magníficas. Certamente uma das mais belas cidades de Portugal.

Na segunda-feira pela manhã iniciamos nossa peregrinação pelas caves das vinícolas do vinho do Porto, que estão todas localizadas em Vila Nova de Gaia. Começamos pelas Caves da Graham’s, que nos proporcionou uma elucidadora visita, conduzida por uma muito simpática atendente, onde tivemos oportunidade de comparar diferentes vinhos do porto produzidos pela Graham’s:

  • Late Bottled Vintage 2006
  • Six Grapes Ruby Reserve
  • The Tawny
  • Tawny 20 anos
  • Quinta dos Malvedos 1999
  • Vintage 1994 (96 pontos do Parker e 95 pontos da Wine Spectator)
  • Tawny 30 anos
  • Quinta do Vesúvio 2003

A Graham’s é uma das estrelas do Douro quando se trata de vinhos do Porto. Seus vinhos vintages alcançam facilmente pontuações entre 95 e 98 pontos. Uma das principais quintas da marca é a Quinta do Malvedos, localizada em São Memede Tua, motivo de nossa visita na quinta-feira.

No almoço de segunda-feira, seguindo sugestão de nossa anfitriã da Graham’s, fomos ao restaurante Bacalhoeiro, onde comemos um bacalhau decente, mas sem destaque. Os vinhos que experimentamos aqui foram:

  • Post Scriptum de Chryseia 2009 – 89.5 pontos na minha avaliação
  • Chryseia 2007 – 91 pontos na minha avalição (92 pontos do Parker e 93 pontos da Wine Spectator)

Na noite da segunda fomos para mais uma aventura estrelada do Guia Michelin (1 estrela), o restaurante Largo do Paço, no Hotel Casa da Calçada (também classificado como Relais & Châteaux), na pequena cidade de Amarante. A viagem de cerca de 1 hora valeu a pena, pois aqui encontramos uma das melhores experiências enogastronômicas da viagem. Optamos por um menu degustação, para experimentar a habilidade do chefe, que contou com (sem contar as sobremesas): canneloni de lavagante e bombom de sapateira com maracujá, abacaxi e flores; tataki de atum com chutney de tamarilho e gengibre...; polvo glaceado...; carabineiro de Sagres cozido a baixa temperatura....; Alheira de Mirandela; Cherne e Choco do Atlântico; e Novilho Alentejano maturado. Os vinhos foram aqueles sugeridos para acompanhar o menu degustação (sem nenhum grande destaque):

  • Quinta da Calçada branco
  • Cartuxa branco colheita 2008
  • Quinta do Vallado Touriga Nacional Rose 2010
  • Lavradores de Feitoria Três Bagos 2010
  • Paço dos Cunhas de Santar, Vinha do Contador 2009
  • Lavradores de Feitoria Meruge 2005 (86 pontos do Parker)
  • Rozès Porto Reserve

Não tivemos oportunidade de visitar Amarante, pois saímos do jantar já perto de meia-noite, mas, pelo pouco que vimos, certamente vale a pena passar um ou dois dias nesta pequena e charmosa cidade.

Na terça-feira continuamos nossa jornada com uma visita às Caves da Fonseca e Taylor. Após uma recepção um tanto comercial (pelo responsável pela exportação), acabamos almoçando no restaurante da própria Cave, cuja existência desconhecíamos. Um bom almoço, sem nenhum grande destaque culinário, regado a um bom vinho (mas também sem maiores pretensões):

· Crasto Superior 2009

Uma das principais vinícolas das Caves Fonseca e Taylor é a Quinta do Panascal, localizada em Valença do Douro, à qual tivemos oportunidade de visitar nos dias seguintes da viagem.

Dedicamos a tarde de terça-feira para andar pelo centro histórico da cidade do Porto, visitando as igrejas e suas torres, as ruelas, a livraria Lello, considerada uma das mais belas do mundo, e o café Majestic, um local com belíssima arquitetura e decoração, excelente pedida para um breve descanso em um dia de caminhada pelo centro da cidade do Porto. Belos lugares e belas vistas da cidade. Enfim, a confirmação do quão bela é a cidade do Porto.

À noite, para nos despedirmos da Cidade do Porto, voltamos ao restaurante Dom Tonho para experimentar o famosíssimo e esperado Barca Velha 1966 (o Barca Velha é o mais famoso vinho de Portugal, desejado por todos os enófilos). Novamente, uma boa experiência gastronômica, com bons aperitivos portugueses e um bom prato de vitela. Os vinhos da noite foram:

· Barca Velha 1966 – 94.5 pontos na minha avaliação

· Evel Reserva 2008 – 90 pontos na minha avaliação

· Um número incontável de diferentes taças de Vinho do Porto.

Na quarta-feira seguimos para o interior, para finalmente chegarmos à região produtora dos vinhos do Douro. Esta é uma das mais belas regiões produtoras de vinhos do mundo. O rio Douro corre por um vale cercado de montanhas e encostas, onde são plantadas as uvas, formando um visual deslumbrante (veja foto no texto sobre a região do Douro, já postado).

Nossa primeira visita no Douro foi à vinícola Quinta do Panascal, vinícola cuja reputação data do século XVIII e que hoje produz vinhos para a marca Fonseca. Aqui são produzidos grandes vinhos da Fonseca, com fermentação em lagar tradicional e pisa a pé. Um belo lugar, uma bela vinícola e belos vinhos. Dois vinhos que nos impressionaram aqui foram os Fonseca Tawny 20 anos e 40 anos.

Na quarta almoçamos no restaurante LBV, dica da nossa anfitriã na Quinta do Panascal. Uma boa comida (lombinho de vitela com mostarda) em um ambiente simples, mas acolhedor, localizado à beira do rio Douro. Na carta de vinhos encontramos mais uma preciosidade da nossa lista, mas não na safra correta:

  • Quinta do Crasto Touriga Nacional 2005 – 91 pontos na minha avaliação (91 pontos do Parker e 94 pontos da Wine Spectator)

À tarde visitamos a Quinta do Noval, na cidade de Pinhão, uma vinícola com grande tradição em vinhos do Porto e também com boa qualidade em secos tintos. O seu vinho do Porto Nacional é um ícone e uma raridade, alcançando preços espetaculares. Fomos muito bem recebidos na vinícola, tendo a oportunidade de visitar os vinhedos (inclusive o que produz o Nacional). Uma curiosidade a se registrar aqui é que a Noval não faz, atualmente, a maturação dos seus vinhos do Porto em Villa Nova de Gaia, optando por fazê-lo em galpões com temperatura/umidade controlados, localizados no entorno da vinícola.

A noite resolvemos jantar no hotel em que estávamos hospedados (Pousada do Barão de Forrester, em Alijó), cujo restaurante havia ganho um prêmio sobre comida tradicional de Portugal. A comida, embora boa, não impressionou, mas tomamos excelentes vinhos (um deles da nossa lista de preciosidades, na safra correta!):

  • Quinta do Noval 2007 – 93.5 pontos na minha avaliação (91 pontos do Parker e 95 pontos da Wine Spectator)
  • Quinta Vale D. Maria 2008 – 90.5 pontos na minha avaliação (93 pontos do Parker e 90 pontos da Wine Spectator)

Na quinta-feira iniciamos o dia visitando a Quinta dos Seixos, em Pinhão, que produz os vinhos da Sandeman. Uma belíssima vinícola, em termos de arquitetura, mas uma visita meramente protocolar e turística. Ou seja, embora a vinícola seja bonita, em termos de conhecimento sobre o mundo dos vinhos do Douro esta não é uma boa escolha.

No almoço fomos ao restaurante do hotel Vintage House. Um belo e agradável lugar, que nos lembrou alguns excelentes restaurantes que havíamos encontrado em Mendoza, na Argentina. Uma excelente comida (vieiras de entrada seguido de um belo bacalhau) e uma carta de vinhos muito boa (há uma boa loja de vinhos anexa ao hotel). Aqui experimentamos outro famoso vinho do Douro:

  • Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003 – 94.5 pontos na minha avaliação.

Na parte da tarde fomos à Quinta dos Malvedos, em São Memede Tua. A Malvedos é uma belíssima quinta localizada às margens do Douro e é considerada a espinha dorsal dos vinhos do porto vintage da Graham’s. Uma recepção agradável, mas infelizmente acabamos não provando nenhum vinho, pois chegamos muito atrasados à vinícola, mas já havíamos provado toda a gama ao visitar a cave da Graham’s no Porto.

Nesta noite fomos jantar no restaurante do hotel Romaneira – Quinta dos Sonhos, que também faz parte da rede Relays & Chateaux. Um fantástico hotel, cuja proposta é fornecer total privacidade aos hóspedes e clientes, o que talvez justifique a clientela estrelada que passa por aqui. O jantar é servido nas diversas dependências do hotel, sem que os hóspedes e clientes se vejam ou se encontrem uns aos outros. Um bom menu degustação, mas uma falha imperdoável para o nível do lugar: não há uma carta de vinhos, estando disponíveis apenas os vinhos produzidos na quinta. Logo, o (bom) vinho da noite foi:

  • Romaneira Reserva 2008 – 93 pontos na minha avaliação (91 pontos da Wine Spectator)

Na sexta-feira, nosso penúltimo dia no Douro, começamos o dia visitando a Quinta do Crasto, onde se faz um dos melhores vinhos da região. Uma recepção acolhedora, seguida de uma visita detalhada às dependências da vinícola e explicações detalhadas sobre todos os processos (da plantação ao engarrafamento). A degustação final, no entanto, deixou a desejar, pois não cobriu os tops da vinícola. Mas acabamos experimentando-os nos almoços e jantares da viagem.

No nosso penúltimo dia no Douro fomos almoçar no restaurante Castas e Pratos em Peso da Régua. Um local agradável com boa comida e boa carta de vinhos. Só tivemos tempo para um vinho:

  • Quinta do Vallado Touriga Nacional 2009 – 90.5 pontos na minha avaliação

Na parte da tarde visitamos nossa última vinícola do Douro, a Quinta do Vallado. Mais uma recepção calorosa, seguida de uma visita detalhada às dependências da vinícola e uma degustação de toda a gama de vinhos da quinta. A Quinta do Vallado produz excelentes tintos secos, dentre eles o Quinta do Vallado Reserva, um dos destaques da nossa viagem.

O último jantar que tivemos na região do Douro foi o melhor de todos. O restaurante DOC certamente merece uma estrela do Guia Michelin, embora não a tenha. Um menu variado e de altíssima qualidade e uma belíssima carta de vinhos, com oferta de vinhos fantásticos, certamente o melhor conjunto de vinhos que tomamos em um só lugar na viagem. Realmente um lugar para se voltar inúmeras vezes. Encontramos aqui algumas preciosidades às quais estávamos em busca:

  • Quinta do Vale Meão 2007 – 93.5 pontos na minha avaliação (94 pontos do Parker e 95 pontos da Wine Spectator)
  • Fojo 2000 – 94 pontos na minha avaliação (95 pontos do Parker e 94 pontos da Wine Spectator)
  • Quinta do Crasto Vinha da Ponte 2004 – 95.5 pontos na minha avaliação (95 pontos do Parker e da Wine Spectator)
  • Pintas 2007 – 93.5 pontos na minha avaliação (93 pontos do Parker e 90 pontos da Wine Spectator)

Nosso último jantar em Portugal foi em Lisboa, no restaurante Tavares, classificado com uma estrela do Guia Michelin. Embora o ambiente do restaurante seja muito bonito e o atendimento muito bom, a qualidade da cozinha certamente não merece a estrela que tem, não tendo oferecido nada de extraordinário. A carta de vinhos também deixou a desejar. O vinho da noite foi:

  • Lavradores de Feitoria Grande Escolha 2004 – 91 pontos na minha avaliação (92 pontos do Parker).

Ao final, uma bela viagem, com excelentes experiências enograstronômicas, na companhia de amigos que tornam tudo mais agradável.

Para resumir, os cinco melhores restaurantes da nossa viagem, em termos gastronômicos, foram:

  • DOC, na região do Douro, próximo à cidade de Pinhão.
  • Fortaleza do Guincho, em Cascais.
  • Largo do Paço, em Amarante.
  • Romaneira - Quinta dos Sonhos, em Alijó.
  • Vintage House, em Pinhão.

Já os cinco melhores vinhos foram:

  • Niepport Batuta 2004 – 96 pontos na minha avaliação – tomado na Fortaleza do Guincho – Importado pela Mistral – R$ 300
  • Quinta do Crasto Vinha da Ponte 2004 – 95.5 pontos na minha avaliação – tomado no DOC – Importado pela Qualimpor – R$ 600
  • Quinta do Vallado Reserva 2007 – 95 pontos na minha avaliação – tomado na Fortaleza do Guincho – Importado pela Expand – R$ 236
  • Quinta do Vale Meão 2004 – 95 pontos na minha avaliação – tomado na Ilustre Casa de Ramiro – Importado pela Mistral – U$ 185
  • Barca Velha 1966 – 94.5 pontos na minha avaliação – tomado no Don Tonho – Não localizado no Brasil
  • Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003 – 94.5 pontos na minha avaliação – tomado no Vintage House – Importado pela Zahil – R$ 413

Esta é uma viagem que pretendo repetir, pois foi realmente agradável e prazerosa.

Boas degustações e boa viagem....

Abraço,

Brito.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

3o Vinho mais pontuado do mundo

3º Vinho Mais Pontuado do Mundo

Clarendon Hills Astralis – Austrália

A Clarendon é uma pequena vinícola familiar localizada no sul da Austrália, próxima à cidade de Adelaide, fundada por um bioquímico no ano de 1990.

O solo das vinhas é composto de xisto, calcário, arenito e quartzo, tendo boa drenagem.

As videiras estão a cerca de 15 km do Oceano Atlântico, o que garante uma brisa fria no fim da tarde que, juntamente com a altitude das videiras (que chegam a 310 m), atrasam o processo de maturação das uvas, fazendo com que a colheita ocorra entre 7 e 24 dias mais tarde do que as videiras localizadas nas regiões mais planas do McLaren Valley.

O Astralis é o grande vinho da vinícola Clarendon Hills. Ele é um varietal de Shiraz que apresenta grande complexidade, com aromas florais, minerais, de café, tabaco, chocolate.

O vinho é fermentado com leveduras naturais e amadurece 18 meses em barricas de carvalho francês 100% novas.

As dez últimas safras avaliadas obtiveram uma média de 97.8 pontos do Robert Parker e 95.4 pontos da Wine Spectator, com uma média final de 96.6 pontos, o que o coloca na 3ª posição do ranking.

Ainda não tive oportunidade de provar esta jóia. Pretendia visitar a vinícola em janeiro, quando estive na região, mas infelizmente não consegui agendar. Depois de vários e-mails, o proprietário marcou a visita (com um dia de antecedência) em um horário que eu já havia marcado outra visita. Em que pese a importância destes vinhos, como é de meu costume (certo?????), optei por manter o compromisso anterior já agendado.

Mas ainda pretendo encontrar esta jóia em meu caminho em algum momento....

Abraço a todos,

Brito.