quinta-feira, 24 de março de 2011

Dicas de Vinhos - R$ 75 a R$ 100

DICAS DE VINHOS – R$ 75 a R$ 100,00

A lista abaixo resume alguns dos melhores vinhos que já tomei na faixa R$ 75 a R$ 100. A apresentação está na forma: Nome do Vinho – País – Importadora (ou Fornecedor).

O Chile domina a lista, com oito contribuições, seguido da Argentina com cinco. Entre as importadoras, a Mistral reina absoluta, com doze contribuições, seguida pela Expand com nove. Importante salientar que as importadoras relacionadas eram as que importavam o vinho no momento em que comprei, podendo ter havido alguma mudança desde então.

1. Kaiken Ultra 2006 – Argentina – Vinci
2. Tikal Amorio Malbec 2005 – Argentina – Mistral
3. Luca Syrah 2005 – Argentina – Vinci
4. Achaval Ferrer Malbec 2006 – Argentina – Expand
5. Punto Final Reserva Malbec 2004 – Argentina – Estação do Vinho
6. Redbank Fighting Flat Shiraz 2003 – Austrália - ?
7. Peter Lehmann Barossa Valey Shiraz 2002 – Austrália – Expand
8. Peter Lehmann Barossa Carbenet 2002 – Austrália – Expand
9. Peter Lehmann Clancys 2004 – Austrália – Expand
10. De Martino Syrah Single Vineyard 2003 – Chile – Decanter
11. Vina Arboleda Cabernet Sauvignon 2003 – Chile – Expand
12. Vina Arboleda Carmenere 2005 ou 2006 – Chile – Expand
13. Casa Lapostolle Cuvve Alexandre Merlot 2006 – Chile – Mistral
14. Chaman Gran Reserva Syrah 2006 – Chile – VinoMundi
15. Matetic Corralillo Syrah 2007 – Chile – Grand Cru
16. Loma Larga Sauvignon Blanc 2006 – Chile – Estação do Vinho
17. Pargua 2005 – Chile – Casa do Porto
18. Bodegas Beronia Reserva 2000 – Espanha – Aurora
19. CVNE Vina Real Reserva 2000 – Espanha – Vinci
20. Marcel Deiss & Fils Riesling St Hippolyte 2001 – França – Mistral
21. Chapoutier Crozes-Hermitage Lês Meysonniers 2004 – França – Mistral
22. Chateau Beaumont Cru Borgeois 2003 – Bordeaux, França – Mistral
23. Chateau Signac Cotes du Rhone Villages Terra Amata 2001 – França – Grand Cru
24. Poliziano Vino Nobile di Montepulciano 2002 – Itália – Mistral
25. Piaggia Il Sasso Carmignano – Itália – Cellar
26. Isabel Sauvignon Blanc 2005 – Nova Zelândia – Mistral
27. Churchill Estates 2005 – Portugal – Expand
28. Quinta do Vale Meão Meandro do Vale Meão 2005 – Portugal – Mistral
29. Quinta de Saes Reserva Estágio Prolongado 2004 – Portugal – Mistral
30. Neil Ellis Winery Cabernet 2002 – África do Sul – Expand
31. Boekenhoutskloof Semillon 2003 – África do Sul – Mistral
32. Spice Route Merlot 2001 – África do Sul – Expand
33. Seghesio Family Vineyards Zinfandel Sonoma 2002 – Estados Unidos – Mistral
34. Domdechant Werner’sches Weingut Hochheimer Kirchenstuk Riesling Spatlese 2005 – Alemanha - Mistral
Experimentando um por semana, em 8 meses você já varreu toda a lista e escolheu os seus preferidos.
Boas degustações.
Abraço a todos,
Brito.

terça-feira, 15 de março de 2011

Degustação 12 - Syrah e Shiraz

Degustação 12 – Uva Syrah e Shiraz

Já que começamos a explorar a região do Rhône, começando pelo norte, pois estamos vindo da Borgonha, nada mais natural que explorarmos algumas degustações feitas com a uva Syrah. Esta é a primeira delas.

Esta degustação aconteceu em Outubro de 2008, em Santa Rita do Sapucaí, conduzida por mim, com a participação de 16 pessoas.

Cada um votou, às cegas, em dois vinhos, totalizando 32 votos.

Os vinhos degustados foram:

1) Agapito Rico Altico Syrah Carchello 2004 – Espanha – R$ 54 – Importado pela Vinci
2) Luca Laborde Doublé Select Syrah 2006 – Argentina - R$ 82 - Importado pela Vinci
3) Ferraton Pere & Fils Crozes Hermitage La Matiniere 2006 – França – R$ 107 – Importado pela Vinci
4) Colonial Estate Explorateur 2005 – Austrália - R$ 121 – Importado pela Grand Cru
5) Ferraton Pere & Fils Saint Joseph La Source 2005 – França – R$ 144 – Importado pela Vinci
6) Torbreck Woodcutter’s Shiraz 2006 – Austrália – R$ 120 - Importado pela Grand Cru

O grande vencedor da noite foi o Torbreck, com 13 votos em 32, seguido de perto pelo Colonial Estate, que obteve 11 votos. Ou seja, esta foi a noite dos australianos! Ganharam os Shiraz!

Vamos às notas de degustação dos vencedores:

Torbreck Woodcutter’s Shiraz 2006 - 93.5 pontos na minha avaliação

Cor rubi para púrpura.

Aromas de amora, especiarias e tabaco.

Das safras mais recentes, a de 2009 recebeu 90 pontos do Robert Parker, a de 2008 recebeu 91 pontos, a de 2006 recebeu 92 pontos e a de 2005 é a que teve mais destaque, com 93 pontos.


Colonial Estate Explorateur 2005 – 93 pontos na minha avaliação

Cor púrpura

Aromas de amora, chocolate e especiarias.

As safras recentes mais bem avaliadas são a de 2005, com 90 pontos do Parker e Wine Spectator, e a de 2006, com 90 pontos da Wine Spectator.
Boa degustação!

Itália - Terra dos Vinhos

Itália – Terra dos Vinhos


Quanto se trata de vinho, a Itália é o segundo mais importante país do mundo. Ela rivaliza com a França como principal produtor e exportador, mas, na média, seus vinhos perdem em prestígio para os do país vizinho.

Embora se produza vinhos de todos os tipos (brancos, tintos, secos, doces, espumantes, etc), os vinhos de grande destaque da Itália são os tintos.

A grande maioria dos vinhos italianos é produzida com uvas autóctones deste país, embora também se produza vinhos com uvas francesas (como Cabernet, Merlot e Syrah). Há um grande número de uvas nativas na Itália, mas, diferente das uvas francesas, estas uvas não se difundiram muito pelo mundo. Ou seja, o uso de uvas italianas fora da Itália é pequeno. As uvas que se destacam são a Nebbiolo, utilizada nos lendários Barolos e Barbarescos da região do Piemonte, a Sangiovese, utilizada nos Chiantis e Brunellos da região da Toscana, e a Corvina, utilizada nos Amarones e Valpolicellas da região do Vêneto.

A Itália produz uma gama enorme de vinhos. Esta variedade se deve ao grande número de tipos de uvas existentes e também a uma grande variação climática. Além do clima variar muito de uma região para outra - influenciado pelos Alpes, pelo montes Apeninos e pelos mares - há também muita variação dentro de uma mesma região, com grande número de microclimas.

Os vinhos italianos são classificados em quatro patamares: Vino di Tavola, IGT (Indicazione Geografica Tipica), DOC (Denominazione di Origine Controllata) e DOCG (Denominazione di Origine Controllata e Garantita). Em tese, o Vino di Tavola é o mais simples e o DOCG o de maior qualidade, mas há inúmeras exceções a este princípio e, portanto, o mesmo deve ser seguido com cautela.

Nas denominações DOC e DOCG definem-se várias coisas, como: limites geográficos para a área de produção, tipos de uvas que podem ser utilizadas, rendimento máximo por hectare, práticas de plantio, exigências de envelhecimento e testes químicos e de degustação para garantir tipicidade (e não qualidade).

No texto em que descrevemos as regiões da França, vimos que a grande maioria dos vinhos deste país leva o nome da região, ou sub-região, em que é produzido. Na Itália não há regra semelhante. Aqui, às vezes o vinho leva o nome da uva utilizada em sua produção (como os vinhos Barbera da região do Piemonte), às vezes leva o nome do lugar (como os vinhos Barolo da região do Piemonte) e às vezes leva o nome da uva e do lugar (como os vinhos Montepulciano d’ Abruzzo, feitos com a uva Montepulciano).

Há também algumas terminologias específicas que às vezes aparecem no nome do vinho, como: Clássico, quando o vinho vem da região original da denominação; Superiore, para vinhos com teor alcoólico maior; Riserva, para vinhos que passaram por um período de maturação maior; Abboccato, Amabile ou Dolce, para vinhos doces, com teor de açúcar crescente do Abboccato para o Dolce; Chiaretto, para vinhos rosés; Liquoroso, para vinhos fortificados; Muffato, para vinhos feitos com uvas com podridão nobre; e Passito, para vinhos feitos com uvas que passaram por processo de secagem após a colheita.

A Itália possui regiões vinícolas em toda a sua extensão, como mostra a figura que ilustra este texto, mas as regiões de maior destaque são o Piemonte, a Toscana e o Vêneto. Outras regiões importantes são: Friuli, Lombardia, Emilia Romagna, Úmbria, Abruzzi, Sicília e Puglia. À medida que nos deslocamos para o sul, a tendência é haver um aumento de produtividade e queda de qualidade, embora mais uma vez tenhamos inúmeras exceções a esta regra.

Em textos posteriores exploraremos cada uma das principais regiões da Itália com detalhe.

Em breve divulgo uma lista de vinhos italianos com boa relação custo/benefício disponíveis no Brasil.

Abraço a todos e não se esqueçam: “Life is too short to drink bad wine”.

Brito.

terça-feira, 8 de março de 2011

Uvas Tintas Clássicas - Syrah

UVAS TINTAS CLÁSSICAS – SYRAH

A Syrah, também denominada de Shiraz em alguns países do novo mundo, é a uva do norte do Rhône na França. Ela produz vinhos de coloração intensa, bem encorpados e aromáticos.

No Rhône a Syrah é utilizada para produzir vinhos varietais. No resto do mundo usualmente também se produz vinhos varietais com esta uva, mas também há vinhos interessantes cortados com outras uvas, particularmente na Austrália.

A Syrah apresenta aromas de frutas pretas, com toques de tostados, couro, aromas terrosos e minerais. Mas seu aroma mais marcante é o de especiarias, principalmente pimenta.

Os melhores vinhos de Syrah são os feitos no Rhône Norte, particularmente em Côte Rôtie e Hermitage, e na Austrália, seguidos de perto pelos vinhos da Califórnia nos Estados Unidos.

Outros países que merecem destaque na produção de vinhos com a uva Syrah são: Chile, Itália, Nova Zelândia e África do Sul.

Alguns vinhos desta uva com boa relação qualidade/preço disponíveis no Brasil são (em ordem crescente de preço):
  • Vina Tabali Reserva Syrah 2008 – Chile – Grand Cru – R$ 54 – Decanter 5*
  • Koyle Royale Syrah 2007 – Chile – Grand Cru – R$ 79 – RP91
  • Vina Montes Montes Alpha Syrah 2007 – Chile – Mistral – U$ 45 – WS90, RP 90
  • Luca Syrah 2007 – Argentina – Vinci – U$ 46 – RP93, WS90
  • Hecht & Bannier Saint Chinian 2005 Syrah/Grenache – Sul da França – Vinci – U$ 50 – RP91
  • Dona Paula Olive Road Shiraz Viognier 2006 – Argentina – Grand Cru – R$ 110 – RP91
  • Glaetzer Wallace Shiraz Grenache 2006 – Austrália – Grand Cru – R$ 115 – RP91-94
  • Ferraton Crozes Hermitage La Matiniere 2006 – França - Vinci – U$ 60 – WS91
  • Caliterra Tributo Edicion Limitada Shiraz Cabernet Viognier 2006 – Chile – Decanter – R$ 122 – RP91
  • Domaine Georges Vernay Saint Joseph 2007 – França – Grand Cru – R$ 160 – WS92
  • Villard Tanagra Syrah 2006 – Chile – Decanter – R$ 171 – RP93
  • Glaetzer Bishop Shiraz 2006 – Austrália – Grand Cru – R$ 183 – RP92-94
  • Luigi D’ Alessandro Il Bosco 2004 Syrah – Itália – Mistral – U$ 110 – RP92, WS93
  • Fontodi Syrah Case Vie 2006 – Itália – Vinci – U$ 160 – RP94, WS95
  • Glaetzer Amon Ra Shiraz 2007 – Austrália – Grand Cru – R$ 590 – RP96-99
  • Glaetzer Amon Ra Shiraz 2006 – Austrália – Grand Cru – R$ 590 – RP97-100, WS91
  • Tua Rita Syrah 2007 – Itália – World Wine – R$ 750 – RP96, WS95
  • Delas Freres Hermitage lês Bessardes 2006 – França – Grand Cru – R$ 790 – RP98, WS93

Escolha o seu Syrah, faça um bom prato de carne (por exemplo, caça) condimentado e desfrute todo o potencial que este vinho pode oferecer.

Abraço a todos,

Brito.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Rhône Norte

RHÔNE
PARTE I - RHÔNE NORTE

A região do Rhône se situa no sul/sudoeste da França, no vale do rio de mesmo nome. Embora a região produza alguns vinhos brancos memoráveis, é nos tintos que reside sua maior força.

A região se divide em duas, norte e sul, que de comum só possuem o fato de estarem às margens do rio Rhône. No mais, tudo é diferente, desde o clima até o tipo do vinho que se produz. Por exemplo, no Rhône Norte os tintos são varietais da uva Syrah, enquanto no sul os tintos são vinhos cortados com várias uvas, tendo a Grenache como carro chefe.

Em função dessas diferenças, optei por abordar a região do Rhône em dois textos distintos, este com foco na região norte e um próximo que irá tratar sobre a região sul.

A região norte do Rhône possui clima continental, com solos de granito e ardósia. Ao viajar por esta região, o que mais impressiona são as íngremes encostas de pedra nas quais as parreiras são plantadas. É difícil imaginar que se possa produzir qualquer coisa nestes terrenos, mas eles não só produzem como o fazem de forma brilhante!

O norte do Rhône se divide em várias sub-regiões (do norte para o sul), ilustradas na figura acima: Côte-Rôtie, Condrieu, Château-Grillet, Saint Joseph, Hermitage, Crozes-Hermitage, Cornas e Saint Peray. Destas, as regiões de grande destaque são, sem sombra de dúvida, Côte_Rotie e Hermitage (ou Ermitage), seguidas por Condrieu e Saint Joseph. A região de Crozes-Hermitage, embora produza vinhos mais simples que sua prima Hermitage, oferece bons vinhos a preços razoáveis. Château-Grillet, que só produz brancos, e Saint Peray, que produz principalmente vinhos espumantes, são as de menor importância na região.

Os vinhos brancos da região são feitos com a uva Viognier, nas sub-regiões de Condrieu e Château-Grillet (que só produzem brancos), ou com as uvas Marsanne e Rousanne, nas sub-regiões de Saint Joseph, Hermitage e Crozes-Hermitage. Todos os tintos da região são feitos com a uva Syrah, que aqui possui sua qualidade máxima, com aromas de especiarias marcantes.

As parreiras do norte do Rhône são, em geral, antigas, com idades variando entre 40 e 100 anos, o que contribui significativamente para a qualidade dos vinhos.

A seguir, vamos ver com um pouco mais de detalhe as sub-regiões principais do Rhône Norte.

Côte-Rôtie: esta sub-região só produz tintos da uva Syrah. Por lei, os vinhos devem conter uma pequena parcela da uva branca Viognier (até 20%, embora a maioria dos bons produtores não passe de 5%). Em geral, os vinhos são cortes de vários vinhedos, mas há vinhos excepcionais feitos de uvas provenientes de um único vinhedo; neste caso, o nome do vinhedo aparecerá no rótulo (como La Mouline, La Landonne e La Tourque).

Sem dúvida, o mais famoso produtor desta sub-região é E. Guigal. Por exemplo, uma busca rápida no site do Robert Parker resulta em 24 vinhos de Côte-Rotie com 100 pontos, 21 produzidos pelo Guigal.

Outros produtores com grande destaque são: M. Chapoutier, Michel Ogier, Rene Rostaing, Delas Freres, Jean Michel Gerin e Jean Michel Stephan.

A seguir apresentamos as faixas de preços dos Côte Rôties destes produtores disponíveis no Brasil:

E. Guigal - Importado por Expand - R$ 348
M. Chapoutier - Importado por Mistral - U$ 130 a 385
Rene Rostaing - Importado por Cellar - R$ 230 a 380
Delas Freres - Importado por Grand Cru - R$ 390 a 750
Jean Michel Gerin - Importado por Zahil - R$ 335 a 660

Como podemos observar, Côte Rôtie produz grandes vinhos, mas há que se estar disposto a gastar, pois não há vinhos de qualidade com preços razoáveis nesta região.

Hermitage: também denominada de Ermitage, esta sub-região produz tintos, da uva Syrah, e brancos, com as uvas Marsanne e Rousanne; ambos com qualidade excelente.

Até o século XIX estes vinhos eram os mais caros da França e, por conseqüência, do mundo, superando os Borgonhas e Bordeauxs.

O grande nome do vinho dessa região é M. Chapoutier. Mas também merecem grande destaque os produtores: Jean-Louis Chave, E. Guigal, Delas Freres, e Paul Jaboulet Aine.

Os preços dos vinhos da sub-região de Hermitage também são elevados, como mostra o resumo apresentado a seguir.

M. Chapoutier - Importado por Mistral - U$ 159 a 528
Jean-Louis Chave - Importado por Mistral - U$ 180 a 569
E. Guigal - Importado por Expand - R$ 448
Delas Freres - Importado por Grand Cru - R$ 230 a 690
Paul Jaboulet Aine - Importado por Mistral - U$ 159 a 419
Marc Sorrel - Importado por Premium Wines - R$ 375 a 750

Condrieu: como já dissemos, esta é uma região dedicada aos brancos da uva Viognier. A região é muito pequena, com cerca de 100 hectares, e produz cerca de 500.000 garrafas por ano apenas, fazendo com que os vinhos daqui sejam difíceis de ser encontrados.

Os produtores de destaque desta sub-região são: André Perret, Georges Vernay, E. Guigal, François Villard e Yves Cuilleron, cujos preços no Brasil estão resumidos a seguir.

André Perret - Importado por Premium Wines - Preços não disponíveis
E. Guigal - Importado por Expand - R$ 265

Saint Joseph: esta sub-região, originalmente pequena, é hoje a maior do norte do Rhône. Como conseqüência da expansão que houve, a qualidade dos vinhos pode variar muito, mas é possível encontrar grandes vinhos por aqui.

Os produtores de destaque são: M. Chapoutier e E. Guigal, cujas faixas de preço estão resumidas abaixo.

M. Chapoutier - Importado por Mistral - U$ 64
E. Guigal - Importado por Expand - Preços não disponíveis

Crozes-Hermitage: esta sub-região, que é a segunda em tamanho no Rhône Norte, não produz vinhos excepcionais como sua vizinha Hermitage, mas produz bons vinhos com preços acessíveis e, por isto, aparece aqui em destaque.

Alguns produtores de destaque em Crozes-Hermitage são: Delas Freres, Paul Jaboulet Aine, Alain Graillot, Domaine de Remizieres, M. Chapoutier e Yann Chave. As faixas de preços destes vinhos no Brasil estão resumidas abaixo. Como podemos observar, os valores são bem inferiores aos praticados em Hermitage.

Delas Freres - Importado por Grand Cru - R$ 130
Paul Jaboulet Aine - Importado por Mistral - U$ 48 a 89
Alain Graillot - Importado por Mistral - U$ 80 a 144
M. Chapoutier - Importado por Mistral - U$ 54 a 120
Yann Chave - Importador por Cellar - R$ 85

Com isto finalizamos o resumo dos vinhos do Rhône Norte. No próximo texto exploraremos a região sul, que também possui grandes vinhos, como o Chateauneuf-du-Pape, e vinhos de preços mais acessíveis, como os Côtes du Rhône.

Algumas sugestões de degustações tendo o Rhône Norte como tema são:
  • Tintos do Rhône Norte: selecione dois Côte Rotie, dois Hermitage, um Saint Joseph e um Crozes Hermitage e os compare.
  • Brancos do Rhône Norte: compare dois Condrieu, dois Hermitage, um Saint Joseph e um Crozes Hermitage.
  • Côte Rotie versus Hermitage: selecione três vinhos tintos de cada região e tente descobrir a diferença entre elas.
  • Com foco nas sub-regiões: escolha uma sub-região, selecione seis vinhos dos produtores destacados para a mesma e tente descobrir a melhor relação custo/benefício da sub-região escolhida.

Com uma degustação por mês, você levará cerca de sete meses para explorar os vinhos do Rhône Norte. Logo, vamos começar já!

Abraço a todos,

Brito.

domingo, 6 de março de 2011

Vinhos até R$ 50

Caros,

após dois meses de ausência, estou de volta às postagens. Estou atualizando minhas listas de compras. Segue a lista atual de dicas de vinhos que custam menos de R$ 50,00. Boas compras!!!

1) Alfredo Rocca Malbec 2004 - Argentina - Casa Flora
2) La Posta Cocina Blend 2007 - Argentina - Vinci
3) Santa Julia Reserva Malbec (Família Zuccardi) 2006 - Argentina - Expand??
4) Humberto Canale Sauvignon Blanc 2006 - Argentina - Grand Cru
5) Jacobs Creeks Shiraz Cabernet 2006 - Austrália - Imigrantes Bebidas
6) Vina Casablanca Coleccion Privada Sauvignon Blanc 2006 - Chile - Casa Flora
7) Vina Montes Cabernet Carmenere 2006 - Chile - Mistral
8) Odfjell Armador Syrah 2004 - Chile - World Wine
9) Vina Carmen Syrah 2004 - Chile - Mistral
10) Vina Carmen Pinot Noir 2005 - Chile - Mistral
11) Marques de Monistrol Cava Reserva Seleccion Especial - Espanha - Expand
12) Agricola Falset Étim Verema Tardana Negre 2004 - Espanha - World Wine
13) Quinta da Romeira Pegos Claros 2000 - Portugal - Mistral
14) Entre II Santos Campo Largo 2005 - Portugal - Mistral
15) Beyerskloop Pinotage 2005 - África do Sul - ?
16) Delicato Merlot 2004 - Estados Unidos - World Wine
17) Pisano RPF 2004 - Uruguai - ?
18) Bodega Juanicó Don Pascual Tannat Reserve 2004 - Uruguai - Expand
19) Don Pascual Tannat Merlot 2006 - Uruguai - Expand

Por enquanto é isso!

Se você não conhece os vinhos, junte os amigos, faça uma degustação com pelos menos seis deles e vá fazendo a sua própria lista.

Abraço a todos,