domingo, 11 de março de 2012

Bordeaux Grand Cru Classe 2009

BORDEAUX GRAND CRU CLASSE 2009

A safra de 2009 na região de Bordeaux é considerada pelos especialistas como uma das melhores das últimas décadas. Ainda não disponível para compra no Brasil, a Grand Cru (importadora) nos brindou com uma degustação de Grands Crus desta safra, na belíssima Casa da Fazenda do Morumbi, em São Paulo.

Este evento me fez lembrar da belíssima cidade de Bordeaux, um excelente destino para os aficionados por grandes vinhos, boa gastronomia e belas cidades (mas deixaremos os detalhes para outro texto).

Ao todo consegui degustar 44 vinhos (5 brancos e 39 tintos). Para evitar qualquer tipo de polarização, optei por degustar os vinhos sem conhecer, a priori, as notas que os mesmos obtiveram da crítica.

Na minha avaliação os grandes destaques foram:

1) Château Ângelus – 1er Grand Cru Classé – Saint-Emillion – 99 pontos do Parker e 96 da Wine Spectator – R$ 2.600 na safra de 2005 (que obteve 98 pontos do Parker).

2) Clos Fourtet – 1er Grand Cru Classé B – Saint-Emillion – 100 pontos do Parker e 93 da Wine Spectator – R$ 546 na safra de 2006 (que teve 91 pontos do Parker).

3) Château Larcis Ducasse – Grand Cru Classé – Saint-Emillion – 96 pontos do Parker e 91 da Wine Spectator – preço não disponível.

4) Château Franc Mayne – Grand Cru Classé – Saint-Emillion – 90 pontos do Parker e 91 da Wine Spectator – U$ 157 da safra 2005 (91 pontos do Parker e da Wine Spectator).

5) Château Gazin – Pomerol – 96 pontos do Parker e 93 da Wine Spectator – R$ 546 na safra de 2006 (que recebeu 92 pontos do Parker).

6) Château Lascombes – 2ème Cru Classe – Margaux – 94 pontos do Parker e 89 da Wine Spectator – R$ 430 na safra de 2008 (91-94 pontos do Parker).

7) Château Phélan Ségur – Saint-Estéphe – 90 pontos do Parker e 92 da Wine Spectator – R$ 302 na safra de 2006.

Minhas escolhas deixam claro uma preferência pela região de Saint-Emillion. Há duas explicações possíveis para isto: a primeira é que nesta região predomina no corte a uva Merlot, enquanto nas regiões do lado direito predomina a Carbernet Sauvignon (o que poderia levar à conclusão de que prefiro a Merlot); a outra, talvez mais adequada, é que os vinhos com predominância de Cabernet estão excessivamente jovens (de fato, todos os vinhos degustados estavam muito jovens, demandando ainda muitos anos de garrafa), e, por isso, foram penalizados em minhas análises (o que significa concluir que ainda preciso aprender muito para avaliar tecnicamente um vinho).

Havia dois outros vinhos pontuados pelo Parker com 100 pontos: Château Smith Haut Lafitte (100 do Parker e 96 da Wine Spectator) e Château Leoville Poyferre (100 do Parker e 93 da Wine Spectator), mas nenhum dos dois me causou grandes emoções ao serem degustados, talvez por estarem ainda muito jovens! Ou seja, estes 100 pontos não despertaram meus sentidos em uma análise comparativa com os demais vinhos degustados.

Em conclusão, este tipo de evento realmente me encanta. Por um preço razoável, R$ 350, é possível degustar grandes vinhos do mundo e, aos poucos, ir formando a própria referência sobre a qualidade desta marrravilha.

Abraço a todos,

Brito.

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