sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Le Beaujolais est Arrivé!

Le Beaujolais est Arrivé!
A região de Beaujolais se situa ao sul da Borgonha e se estende por algo em torno de 50 quilômetros. Embora oficialmente faça parte da Borgonha, esta região é normalmente considerada como uma região à parte, pois difere completamente das demais sub-regiões da Borgonha: os solos são diferentes, os climas são diferentes e as uvas são diferentes.

O solo em Beaujolais é de Granito e o clima é continental, com invernos frios e verões quentes e secos.

A uva utilizada para a produção do Beaujolais é a Gamay, que resulta em vinhos leves e frutados, com aromas de cerejas, framboesas, pêssegos, violetas e rosas e, às vezes, aroma de banana. Alguns vinhos de maior estrutura possuem um toque leve de especiarias. A Gamay talvez seja a uva tinta menos tânica do planeta!

As características do Beaujolais recomendam que o vinho seja tomado levemente gelado, em torno de 12º, de modo a destacar seus aromas frutados.

O Beaujolais mais simples é o Beaujolais Noveau, que é lançado no final de novembro (terceira quinta-feira de novembro é a data oficial de lançamento) e que dá origem ao título deste texto (“Le Beaujolais est Arrivé!” ou “O Beaujolais Chegou!”). Este vinho é comercializado no próprio ano da colheita e apresenta como características ser muito leve e frutado, sem grandes pretensões. De fato, é o vinho mais simples da região, que os produtores lançam para comemorar o final do processo de colheita e produção. Ou seja, tome este vinho apenas se você está buscando um aperitivo sem grandes ambições sensoriais. Este vinho corresponde a cerca de 1/3 da produção de Beaujolais.

Deixando de lado os Beaujolais Noveaus, os vinhos desta região podem ser separados em três categorias:
Beaujolais: vinhos simples de vinhedos normalmente localizados mais ao sul da região.
Beaujolais Village: de qualidade ligeiramente superior ao Beaujolais, é produzido de uvas provenientes de 39 aldeias, sendo em geral um corte de uvas ou de vinhos provenientes de diversas destas aldeias.
Beaujolais Cru: são os melhores vinhos da região, produzidos de uvas provenientes de uma de dez aldeias específicas: St. Amour, Juliénas, Chénas, Moulin-à-Vent, Fleurie, Chiroubles, Morgon, Régnié, Brouilly e Côte de Brouilly. Estas aldeias são localizadas em colinas íngremes de granito na parte norte de Beaulojais. O solo pobre e com boa capacidade de drenagem resulta em vinhos mais encorpados e complexos que os vinhos produzidos nas demais sub-regiões de Beaujolais. Estes vinhos, ao contrário dos demais desta região, podem ser guardados por alguns anos (cinco seria um bom número). Das dez villages, Moulin-à-Vent, Fleurie e Morgon são as que resultam em vinhos com mais estrutura.

Uma boa parte dos vinhos da região é produzida por négociants, que compram vinhos produzidos por produtores menores e os misturam para produzir o vinho final.

Uma pequena parte, principalmente os Beaujolais Crus, é produzida e engarrafada pelo próprio produtor.

O produtor mais famoso e destacado de Beaujolais é Georges Duboeuf (importador não localizado).

Além dele, também merecem destaque especial os seguintes produtores:
Louis Jadot – importado pela Mistral – U$ 38 a U$ 119
Chateau dês Jacques (também da Maison Louis Jadot) – importado pela Mistral – R$ 106
Jean-Paul Brun – importador não localizado
Dominique Piron – importador não localizado
Domaine du Vissoux – importador não localizado
Jean Claud Lapalu – importador não localizado
Jean Marc Burgaud – importador não localizado
Domaine dês Terres Dorées – importador não localizado

Com o verão chegando, se você prefere um tinto leve a um branco, talvez um Beaujolais seja uma boa pedida.

Abraço a todos,

Brito.

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